sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
MEU NOVO LIVRO: CARREGADOS DE SONHOS
APRESENTAÇÃO
Entre os nordestinos sedentos de
trabalho e de crescimento fizeram parte uma família, cuja saga está nas
próximas páginas, que sofreu as consequências das secas da região e, como tantas
outras, migraram para o centro oeste do país, numa trajetória de sofrimento e perseverança,
com a perspectiva de uma vida melhor; para eles apenas a sobrevivência. Uma
narrativa emocionante que o caro leitor acompanhará ciceroneado pelo narrador.
O maior objetivo do romancista é que
suas personagens, criaturas surgidas de sua mente, reais ou ficcionais, se
tornem íntimas dos leitores e sejam pessoas que falam, se movimentam, sentem e
vivem. Neste romance, leitor e personagens se familiarizam através de diversas
vozes dentro da maior sofisticação da técnica; a simplicidade.
A
autora
quinta-feira, 7 de junho de 2012
ORELHA DE CARREGADOS DE SONHOS
ORELHA - 1
O novo livro de Conceição Alves,
Carregados de Sonhos, fala da trajetória de uma família nordestina e da
construção da nova capital do país, Brasília, no fim dos anos cinquenta.
Como milhares de nordestinos, os personagens ouviram surpresos a
“boa nova” que acenava com a realização dos desejos de uma vida digna.
Livrar-se das dificuldades causadas pelas secas recorrentes na Região e o
fascínio pelas noticias que de lá chegavam, misturavam-se à esperança e ao medo
da perda de suas raízes.
Mas partiram, cheios de saudades e sonhos, o pai, a mãe e o
filho, em direção ao Planalto Central deixando a terra, parentes, amigos, as
alegrias em tempos de colheita e, abrindo caminho para grande parte da família.
A autora optou pela narração em primeira pessoa entregando ao
filho mais novo, agora com cerca sessenta anos, o relato dos acontecimentos e
sem se preocupar com a interlocutora faz quase um desabafo. Amanhecia, quando a
sobrinha depois de uma escuta paciente adormece no sofá, com a saga da família
na cabeça, pronta para ser registrada.
Logo sentiu que era preciso completá-la através de documentos
oficiais, estudos, fotografias, enriquecendo-a com outro olhar. Pode-se então,
ler duas histórias: a saga dos trabalhadores e de suas famílias e a dos responsáveis
pela construção da Capital atendendo à convocação do então Presidente Juscelino
Kubistchek.
Os
fatos narrados se mesclam, se fundem no trabalho nos canteiros de obras onde
mergulharam junto a outros candangos, vindo de várias partes do país.
O livro vem enriquecer a memória desse histórico momento.
Mila Cerqueira
domingo, 3 de junho de 2012
A ARTE DE NARRAR
Conceição
Alves – Membro da Academia Pesqueirense de Letras e Artes
Vamos pensar porque o ser humano,
desde os seus primórdios, sempre se apresentou como aquele que tem, por
fundamento ontológico, a necessidade de narrar, de transmitir sua história e
experiências ao longo da vida.
Anteriormente à escrita,
no interior das grutas, na superfície das rochas, o homem primitivo nos
deixou o testemunho de sua passagem pela Terra, pintando seu cotidiano, na
forma mais rudimentar, utilizando-se do recurso às imagens para se comunicar.
Com a invenção da
imprensa alcança-se definitivamente a possibilidade de se divulgar, para um
número maior de leitores, as informações e fatos de nossa história como também
esse modo singular de fazer arte através da escrita, que é a Literatura.
Contar uma história da vida real ou do
mundo imaginário da ficção, sob as mais diversas formas de narrar; crônica,
conto, novela, romance. Um fato histórico, a saga de uma família, uma
biografia, a cena de um crime, uma história de amor e muitas outras.
O ser humano sempre foi
um contador de estórias, motivado por uma intensa e profunda necessidade de
comunicação, através desses diversos caminhos e estilos encontrados pelos
escritores para transmitir pensamentos, emoções, sonhos e fantasias.
Os Memorialistas, que se dedicam a
retratar a memória de um povo.
Os Historiadores, que buscam encontrar a origem dos fatos históricos.
Os Biógrafos, que relatam a vida de
personagens famosos da nossa história.
Os Poetas, que encontram, na poesia, esse
meio encantado de narrativa para nos falar de suas emoções.
Os Contistas, que conseguem ,em poucas
palavras, nos apresentar relatos densos de experiências vividas.
Os Romancistas que nos trazem, através da
narrativa da estória de seus personagens, aspectos muitas vezes relacionados
às suas próprias vidas.
Os Haicaistas, que conseguem, tão
sucintamente, nos falar de emoções universais através de uma ou duas palavras.
Os Cordelistas com uma narrativa quase que
épica do sertão nordestino,
Os que buscam, na literatura de Humor, uma forma mais descontraída de
narrar as verdades do cotidiano.
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