segunda-feira, 17 de setembro de 2012

COMENTÁRIO SOBRE O LIVRO CARREGADOS DE SONHOS POR MARCO JUNO FLORES


Conclui hoje, com alegria, a leitura de "Carregados de Sonhos" da colega Conceição Alves.

Olha, gostei.

No seu ritmo de prosa a nossa querida acadêmica pesqueirense contou a história. E mais do que isso: assumiu um estilo próprio, pleno de técnicas refinadas, as quais foram conduzidas com segurança, do principio ao fim do livro. Em alguns momentos eu relia o texto para conferir a desenvoltura da autora:

 

“Ao raiar do dia, estava com sono, a história toda na memória, alguns tópicos no papel para se garantir. Dormiu ali mesmo recostada no sofá. Despertou com a cabeça cheia de ideias."

 

Aí, a falsa terceira pessoa foi a opção da autora. Ficou legal.

 

Um narrador oculto (SMJ) apossou-se da narrativa – isto quando os personagens lhe davam alguma oportunidade - do princípio ao fim. Não me lembro de ter visto, em nenhum momento, uma narrativa onisciente. Não me lembro também de qualquer opinião própria manifestada pelo narrador.

 

A história pode até ser a mesma de milhares de pessoas que viveram aqueles tempos, mas alguém teria de contá-la, e isso Conceição o fez bem. A ideia de entregar a narrativa, na sua essência, aos personagens, renunciando ao discurso indireto, me pareceu outra opção interessante da autora. Dá maior credibilidade.

E por ai se foi a colega na missão de “ghost writer” de luxo. Fugiu da narrativa em terceira pessoa, o que faria o escritor comum.

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