domingo, 3 de junho de 2012


                            A ARTE DE NARRAR

                                              

Conceição Alves – Membro da Academia Pesqueirense de Letras e Artes



     Vamos pensar porque o ser humano, desde os seus primórdios, sempre se apresentou como aquele que tem, por fundamento ontológico, a necessidade de narrar, de transmitir sua história e experiências ao longo da vida.

     Anteriormente à escrita, no interior das grutas, na superfície das rochas, o homem primitivo  nos deixou o testemunho de sua passagem pela Terra, pintando seu cotidiano, na forma mais rudimentar, utilizando-se do recurso às imagens para se comunicar.

     Com a invenção da imprensa alcança-se definitivamente a possibilidade de se divulgar, para um número maior de leitores, as informações e fatos de nossa história como também esse modo singular de fazer arte através da escrita, que é a Literatura.

       Contar uma história da vida real ou do mundo imaginário da ficção, sob as mais diversas formas de narrar; crônica, conto, novela, romance. Um fato histórico, a saga de uma família, uma biografia, a cena de um crime, uma história de amor e muitas outras.

     O ser humano sempre foi um contador de estórias, motivado por uma intensa e profunda necessidade de comunicação, através desses diversos caminhos e estilos encontrados pelos escritores para transmitir pensamentos, emoções, sonhos e fantasias.

Os Memorialistas, que se dedicam a retratar a memória de um povo.

Os Historiadores, que buscam encontrar a origem dos fatos históricos. 

Os Biógrafos, que relatam a vida de personagens famosos da nossa história.

Os Poetas, que encontram, na poesia, esse meio encantado de narrativa para nos falar de suas emoções.

Os Contistas, que conseguem ,em poucas palavras, nos apresentar relatos densos de experiências vividas.

Os Romancistas que nos trazem, através da narrativa da estória  de seus personagens, aspectos muitas vezes relacionados às  suas próprias vidas.

Os Haicaistas, que conseguem, tão sucintamente, nos falar de emoções universais através de uma ou duas palavras.

Os Cordelistas com uma narrativa quase que épica do sertão nordestino,

Os que buscam, na literatura de  Humor, uma forma mais descontraída de narrar as verdades do cotidiano.

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